Assisti ao filme Alice no país das maravilhas. Gostei do filme, apesar de não ser o meu estilo e como não era em 3D perdi toda a bela impressão que o filme causa nas pessoas. Mas, fui assistir por outro motivo, queria ver a mensagem enviada. Fui mesmo depois de no twitter ver os comentários de @vanessa_aguiar, @camilaLeporace e @leobragança: Alice é 2.0. Como? Vou assistir esse filme para entender esses comentários!
O que mais me chamou atenção no filme foi como a história escrita há tampo tempo está tão atual. A história de Lewis Carroll, publicada 1865 é um clássico da literatura inglesa. Na adaptação de Tim Burton, o diretor faz sua leitura e propõem uma Alice mais madura, com 19 ou 20 anos que está mais em condições de se impor que a menina Alice, criança ainda de Lewis Carrol.
Vivemos uma época de transformação, em que a sociedade migra para era do conhecimento. Saímos da onda da indústria, passamos pela onda da informação, estamos quase na crista da onda do conhecimento e para onde esta onda nos levará? Estas evoluções não são precisas e nem demarcadas e previamente sabidas, apenas percebemos que o mundo evolui de ondas estruturadas em agentes de força (era da agricultura e industrial) em que as condições físicas das pessoas determinavam sua participação no mercado. A evolução trouxe as ondas do cérebro, estruturados em agentes que pensam, criticam, analisam, produzem e compartilham. E produzem uma nova sociedade, que transforma informação em conhecimento. E o que a Alice lá no país da maravilhas tem haver com isso?
No filme Alice vive num mundo em que não está satisfeita, ela precisa seguir as normas da sociedade, não tem opção, escolha. Então ela foge e cai num buraco. Então descobre um mundo novo, que a surpreende e assusta ao mesmo tempo. Mas Alice não tem medo de provar e experimentar coisas novas, conhecer novos padrões e afirma: “Eu faço meu destino”. Claro, nada disso é fácil. Ela é questionada por Absolem sobre quem ela é. E Alice pára e pensa. Você sabe quem você é? Ela quebra o paradigma, tem coragem de inovar e encara “o certo”, “o padrão”, “o normal” e cria desafios, produz uma vida nova. Alice é 2.0! É isso que temos que pensar, temos que agir para mudar, inovar, transformar e compartilhar.
Alice de Tim Burton nos ensina que conhecimento é mistura de experiências, valores e informações, tudo isto, dentro de um contexto. É possível analisar novas situações e informações e observar a si mesmo e assim se aprimorar, redirecionar em novas situações. Como avisa a Rainha Branca “você não pode viver para agradar os outros. A escolha é sua!”
A evolução está nas pessoas e não nas máquinas, não dependemos de tecnologia para sermos produtores de conhecimento. A tecnologia somente torna o compartilhamento mais eficaz. Você inova? O pai da Alice dá o recado logo no início do filme: “eu penso em 6 coisas impossíveis antes do café da manhã!” É o pensamento de um empreendedor no século XIX e não possui um notebook, nem celular, muito menos tecnologia 3D. Ele apenas inova, surpreende e compartilha seu conhecimento.