Acredito que todo mundo conheça o ditado “a grama do vizinho é sempre mais verde”. Procurar por critérios ou referências externas para sabermos se estamos gerindo a empresa de modo certo e adequado aos nossos objetivos é normal.
Na sociedade atual com muitas empresas no mercado, com público-alvo segmentado e diversificado, com acesso à informação ampla, as comparações são ainda mais frequentes e as redes sociais colaboram muito para que as comparações ocorram, chega a ficar perceptível quando uma empresa transgride o conceito de comparação para a “cópia e cola” de conteúdo. Mas, isso é uma outra história, vamos voltar para a grama verde do vizinho.
Fazer comparações entre empresas do mesmo setor, com os grandes players de mercado tem seu lado bom e ruim. Comparações positivas são aquelas em mercados de mesma atuação considerando a essência de cada empresa e o contexto mercadológico.
Por outro lado, uma comparação desigual entre empresas pode abalar o posicionamento da empresa, a percepção do cliente diante da imagem da marca e levar a falsa construção de valor da marca. Nenhuma prática que funciona em uma realidade empresarial vai funcionar em outra sem adaptações, por isso o maior perigo é o “cópia e cola”.
Um exemplo comum e corriqueiro foram as empresas que adotaram as salas coloridas e áreas de jogos sem que isso fosse representativo na cultura da empresa, e passou apenas a imagem para o funcionário que usar tais ambientes era negativo. Outro exemplo são as campanhas publicitárias com posicionamento antiracista, porém a empresa não abre espaço para profissionais negros em todos os setores e níveis hierárquico da empresa.
A realidade de outra empresa sempre vai parecer melhor que a sua própria quando você se limita a vê-la de um único ângulo, ainda mais se esse ponto de vista for distante e permitir apenas uma observação superficial. Observar outras empresas de apenas um ângulo o impede de identificar os pontos negativos e os defeitos que toda organização carrega.
Quando você deixar de analisar outras empresas como um todo – apenas sob um ângulo – e deseja reproduzir a mesma mensagem sem contextualizar com a realidade de sua empresa, pode criar uma expectativa fantasiosa no seu cliente; transmitir essa falsa imagem para o público em geral possibilita uma percepção de imagem negativa, a imagem de progressista, diversificada e inclusiva e na prática não ser nada disso. E basta comentário num programa de TV para essa imagem ser desfeita e uma crise institucional ser imposta.
Antes de observar outra empresa e querer o que ela tem a qualquer custo, observe suas próprias qualidades e defeitos. Assim, você vai encontrar sua essência e poderá transmitir ao seu público uma mensagem única. E sim, eu disse olhe para seu defeitos e dificuldades, assim como as pessoas, não há empresa 100% perfeita.
Outras empresas, sejam grandes ou pequenas, podem servir de modelo a ser alcançado, mas é preciso ter consciência que o que fará sua empresa crescer e conquistar valor perante seus clientes são as qualidades ofertadas na relação empresa-consumidor.
A comparação entre empresas é uma ferramenta que pode se tornar prejudicial se não controlada pois pode tornar o gestor num prisioneiro do modismo comercial e longe de mim querer ser coach mas a parte mais preocupante é perder a referência de quem realmente é sua empresa.
Mas, como fazer essa comparação sem cair no risco da comparação superficial?
A essa ação de comparação no mundo dos negócios dá-se o nome de benchmarking. Você sabe o que é benchmarking?
Posicionar sua marca é mais do que atender as expectativas de seu público-alvo. Hoje podemos equiparar-se a uma construção de caráter, algo como caráter corporativo. Eu posso te ajudar e estou a sua disposição para uma conversa.