Uma resenha sobre Cães de Aluguel

Uma resenha sobre Cães de Aluguel

Escrevi esse texto hoje para ser entregue como primeiro exercício do curso Teoria, Linguagem e Crítica com PabloVillaça que começa amanhã, dia 13 de Junho. Portanto, ainda sem orientações. O objetivo era descrever o que me chamou atenção no filme com no máximo 400 palavras. E foi a primeira vez que assisti a um filme com esse foco, escrever sobre depois.

Foi solicitado por e-mail que nós da turma assistíssemos um dos filmes “Cães de Aluguel” de Quentin Tarantino, ou “Antes do Amanhecer”, de Richard Linklater.  Claro, que aproveitei para assistir os dois. Na verdade, foi uma boa oportunidade para rever o filme de Tarantino que já havia visto há muitos anos.

Para minha surpresa, fiquei mais tentada a escrever sobre “Cães de Aluguel” que pelo filme romântico “Antes do Amanhecer”, mas muito bom e longe dos clichês comédias-românticas.

Um dos motivos de escolher “Cães de Aluguel” foi de admirar muito a obra de Tarantino, já vi diversos filmes, e por tentar fazer uma análise da cena inicial do filme. Esta deixa descobri num videocast feito pelo Pablo Villaça sobre o filme Alien, o oitavo passegeiro.

Sobre Cães de Aluguel

Primeiro filme do diretor Quentin Tarantino rodado em 1992 apresenta já o estilo Tarantino de filmar, onde tiros e sangues marcam presença numa história não linear. No filme Tarantino aparece para o público, com uma participação a la Hitchcock.

Tarantino apresenta os personagens num mesa de lanchonete, onde os homens que participarão de um assalto a uma joalheria se reunem para o café-da-manhã antes da ação.

Nesse café-da-manhã conhecemos um pouco da personalidade de cada um. A cena começa em plano fechado, com fumaça de cigarro tomando conta do espaço com ar sombrio e o personagem Mr. Brown (Tarantino) dando sua versão para o significado para a música Like a Virgin de Madonna. A câmera passeia pelos personagens mostrando um-a-um, mas sem deixar claro quem é quem e onde estão. Podemos ver suas reações às histórias e tanto que são focados dá a importância de cada um no filme. Então a câmera pára num plano mais aberto.

Começa o que seria a apresentação dos personagens. Um dos aspectos mais marcante são os homens vestidos de terno preto. Transmitem um aspecto sério, importante ao negócio tratado. Joe (Lawrence Tierney), o velho, apesar de inicialmente aparentar uma insanidade, por ficar repetindo nomes, é o big boss do grupo e impõem sua presença ao encerrar a conversa, pagar a conta e se indignar com a atitude de uns dos homens que se recusa a dar gorjetas. Este, o Sr. Pink(Steve Buscemi), um homem frio e intransigente e com uma razoável mágoa da vida. Mas, o desenrolar do filme demonstra ser um profissional que explica sua intrasigência inicial, que podemos resumir com o “combinado não é caro”. Outro personagem que chama atenção neste momento é o Eddie (Chris Penn) assim como Joe, não usa terno. Isso demonstra que tem uma participação diferente na operação. Com o filme percebemos que tem um função gerencial por ser filho de Joe.

Depois do café os homens saem e caminham, demonstrando uma naturalidade que contrapoem a operação que será realizada. Isso já diz como a questão é tratada com devido profissionalismo pois não há dúvidas ou incertezas devido a inexperiência.

Título original: (Reservoir Dogs)
Lançamento: 1992 (EUA)
Direção: Quentin Tarantino
Atores: Harvey Keitel, Tim Roth, Michael Madsen, Steve Buscemi.
Duração: 99 min
Gênero: Policial

Compartilhe