O Y da questão

Há uma nova geração no mercado de trabalho, a famosa geração Y, que cresceu já em ambientes digitais, aprendeu cedo a lidar com as tecnologias e a faz em diversas plataformas ao mesmo tempo. Essa geração tem outra percepção do compartilhamento de conteúdo, informação e conhecimento.

As empresas sabem lidar com essa questão? Aproveitam esse conhecimento nato em prol de sua Gestão do Conhecimento? Não tenho dados para responder essas questões, mas considero valiosa a troca de experiência. Duas gerações, tendo o cuidado de uma não deixar a outra insegura quanto ao seu futuro profissional e o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) pode fazer a diferença nesta relação.

A GC desenvolvida junto com novas tecnologias favorece a interligação de todos os departamentos. É possível criar redes em toda a empresa, motivar o compartilhamento de conhecimento, e a troca de ideias. Mas, estas ferramentas não agem sozinha. E principalmente numa grande organização. É fundamental que se deixe claro aos participantes que não há nada ali que coloque em risco sua empregabilidade. Agir com clareza, transparência é sempre a melhor opção. O histórico de relacionamento empregador-empregado faz com que o corpo de funcionários tenham receio de colocar suas ideias num ambiente digital, aberto, que pode ser monitorado e também mal interpretado e manipulado. Não há como apagar essa referência e sim criar um novo relacionamento, a partir das TICs.

Com o desenvolvimento das TICs, podemos dizer que as empresas estão num mesmo patamar tecnológico. Respeitando diferenças específicas de cada setor empresarial, a tecnologia, no sentido equipamento de informática, está ao alcance de todos, não é mais um diferencial. A diferença hoje está no capital humano e na capacidade das empresas transformarem esse capital adicionado a outros recursos, como inovação e relacionamento, em capital intelectual. O capital humano proporciona à empresa o entendimento e capacidade de reconhecer quais e quanto de informações são imprescindíveis para seu negócio e pontuar o contexto ambiental que se encontra e identificar esse ambiente (leis, normas, tratados, contratos, clientes, comunidade, responsabilidade social, fornecedores, concorrentes, colaboradores etc).

Não podemos esquecer que tecnologias, computadores, mídias sociais e teorias administrativas nada são além de ferramentas. E como tal devem ser usadas. São as pessoas que a valorizam com sua credibilidade, inteligência participativa e vontade de ouvir. A rede acontece muito em torno da relevância. A relevância agrega. E aqui novamente falo de pessoas. O sucesso de qualquer teoria ou prática imposta pelas empresas vai depender da qualidade do entrelace das pessoas envolvidas. Para tanto a comunicação é fundamental independente das ferramentas.

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